Nestorone:

Conhecida nos Estados Unidos como Nestorone, um único implante contendo 50 mg inibe a ovulação por 6 meses. A menstruação e a TPM também são inibidas. O Nestorone bloqueia tanto o pico de estrogênico quanto o pico de androgênico, reduzindo assim os níveis elevados dos hormônios na fase ovulatória. Esse efeito torna o seu uso em portadoras de patologias estrogênio-dependentes ou androgênio-dependentes interessante, porque sem causar efeitos climatéricos nas usuárias, como ocorre com os análogos (agonistas e antagonistas do LHRH), provoca regressão de endometriomas e miomas.

Gestrinona:

A gestrinona é um anti-estrogênio e antiprogesterona usado por via oral no tratamento da endometriose e da miomatose. O composto tem efeito anabolizante e hemostático, sendo por isso utilizadono tratamento da anemia.Outras patologias estrogênio dependentes respondem bem a gestrinona especialmente as mastopatias. A Gestrinona, além das indicações tradicionais como a endometriose e a miomatose, é indicado também para o tratamento da TPM, da adenomiose, da hipertrofia uterina, da baixa da libido, da perda da massa muscular e da massa óssea, revertendo, quando associada a estrogênio, a osteopenia ao fim de alguns meses.

Levonorgestrel:

O levonorgestrel pode ser aplicado na reposição hormonal em associação com o estradiol, em pacientes que têm predisposição para pólipos endometriais ou que apresentem espessamento do endométrio superior a 9 mm. Nesses casos é interessante colocar os implantes de estrogênio separados daqueles do progestínico porque estes últimos duram seis anos e portanto, somente o estradiol necessita renovação anual. Como anticoncepcional, o levonorgestrel também pode ser usado em associação com o estradiol.  Nos Estados Unidos e na Europa o levonorgestrel, sob a forma de implantes, é usado como anticoncepcional de longa duração (6 implantes) com o nome comercial de NORPLANT.

Testosterona:

Mulheres

A associação do estradiol com testosterona se faz habitualmente com base nos níveis sangüíneos de testosterona total. O número de implantes de testosterona varia, sempre que possível, em proporção com os implantes de estradiol.

Homens

A reposição hormonal em homens com níveis baixos de testosterona também deve ser feita com base nos níveis sangüíneos da testosterona total. A testosterona livre deve igualmente ser dosada porque a principal alteração que se obtém após a aplicação dos implantes é na fração livre.

Fumantes e Ex-Fumantes

Um componente importante entre os fatores que podem alterar as doses acima referidas merece destaque especial, o hábito de fumar. Os hidrocarbonetos do fumo derivados do benzeno provocam o aparecimento no fígado do fumante, de enzimas que funcionam como antídotos neutralizadores do efeito venenoso dos referidos compostos. São enzimas do tipo CYP-450 que neutralizam igualmente o estradiol e a testosterona cuja estrutura química é semelhante à dos hidrocarbonetos que compõem o alcatrão do fumo. Deste modo, os implantes hormonais aplicados em fumantes devem ter o seu número aumentado de cerca de 20% para serem eficientes. Mesmo com o aumento da dose inicial, a maioria dos fumantes necessita repor os implantes antes de completar um ano de uso.